História da Indumentária: Creta e Grécia

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Sabemos que o vestuário evoluiu conforme nossas necessidades e foram evoluindo com a mesma intensidade. Hoje vamos conhecer um pouco sobre a indumentária da Creta e da Grécia e como elas influenciam nas passarelas.

CRETA
  
 Afresco do Palácio Cnossos

Creta é a maior ilha do Mar Mediterrâneo e teve o apogeu de sua cultura entre 1750 a.C. e 1400 a.C. O território pertence à Grécia desde o ano 67 a.C. Pouco se sabia de sua história, a não ser especialmente pela mitologia, quando na segunda metade do século XIX o arqueólogo inglês Sir Arthur Evans, em suas escavações descobriu o sítio arqueológico de Creta e, com isso, permitiram um estudo mais consistente desta rica civilização minoicas.
No que diz respeito à indumentária local à época de seu apogeu, havia uma distinção marcante entre as vestes masculinas e femininas.
Os homens usavam uma espécie simplificadas de tangas presas com cintos marcando a cintura e geralmente deixavam o torso nu, eram feitas de linho, lã ou couro. Eles usavam os cabelos e até barba grandes, eram plissados e ficavam cacheados.
 
 Indumentária Cretense
 
As mulheres apresentavam uma elaboração maior. Usavam saias longas em formato de sino, afuniladas na cintura e com diversos babados sobrepostos, uma espécie de avental na frente e nas costas, as mulheres de classe baixa não usavam. Na parte superior usavam um tipo de blusa presa nos ombros de mangas curtas deixando os seios a mostra. Os seios eram associados à fartura e fertilidade. Também eram comuns chapéus com animais, cada qual tendo seu significado. A cobra, por exemplo, era símbolo de poder.

Tanto homens quanto mulheres tinham o hábito de afunilar a cintura por meio do uso de cintos desde a infância e ambos usavam longos cabelos cacheados. Como adorno, era comum o uso de chapéus e turbantes e as jóias eram muito ricas (foram encontradas muitas jóias em suas tumbas). Para os dias quentes usavam sandálias e no inverno “botas”. Os cretenses tinham paixão pelas cores fortes como o vermelho,o amarelo,o azul e o roxo.
 Afresco do Palácio de Cnossos

Curiosidades: A presença da mulher em exibições perigosas e de grande habilidade e também nas festas aparece em diversas pinturas em cerâmicas e nos afrescos. Essa valorização da mulher se deve principalmente ao fato de que a divindade maior de Creta é uma mulher (a Deusa-Mãe). Daí podemos concluir que a mulher na sociedade Cretense gozou de uma grande consideração. Outra curiosidade foi que a Creta foi a primeira cultura a usar o chapéu como ornamento (homem).

Influência para as passarelas


GRÉCIA

Marco da indumentária clássica,os gregos sofreram influência cretense em vários aspectos: na crença politeísta,no padrão estético e no drapeado das roupas.
A Grécia, assim chamada pelos romanos, está situada na Península balcânica, região de litoral muito recortado, com inúmeras ilhas e de clima quente. Ao período de apogeu de sua cultura teve uma organização política de cidades-estados, crença politeísta (cultuar a vários Deuses) e um apurado padrão estético que não só influenciou a seu tempo como ainda hoje o faz em grande parte do mundo ocidental. A cultura grega não está ligada só com o valores estéticos mas também com a filosofia, mitologia, artes plásticas, dramaturgia e a democracia de conhecimento e de tantas outras referências são destaques da cultura dessa civilização.Os gregos da Antiguidade chamavam a si próprios de helenos e davam o nome de Hélade a sua terra. Para eles quem não falava grego era denominado bárbaro.
Na Grécia antiga, na cidade de Olímpia, que surgiram os jogos olímpicos em homenagem aos deuses.
A indumentária grega foi muito peculiar e o que mais podemos notar como característica foram os drapeados, muito elaborados e marcantes. Os gregos se preocupavam mais com os valores estéticos de suas roupas do que com o caráter de erotismo. O quíton, ou melhor, esse retângulo de tecido, era uma a túnica de linho, usadas no verão e posta sobre o corpo, embaixo do braço, sendo uma das laterais fechada e a outra aberta, que pendia em cascata. Era preso sobre os ombros por broches ou alfinetes e, na cintura, preso por um cinto ou mesmo um cordão. Largo e comprido, possibilitava criar o panejamento que vemos na maior parte das esculturas, inclusive o efeito blusonado, ou seja, puxavam o tecido sobre o cinto para conseguir o aspecto do tecido mais solto. A lã também servia como base têxtil da peça, sendo esta usada no inverno. Homens e mulheres o usavam, sendo que os dos homens podiam ser longos para momentos mais cerimoniosos ou curtos, para o dia a dia, já as femininas sempre eram longos. Eram confeccionadas geralmente pelas esposas, filhas ou escravas, quase sempre mantendo a cor original dos fios mas algumas passavam por um processo de colorização com tinturas. Os gregos também usavam roupas coloridas. O teatro, considerado sagrado, era o único lugar em que era obrigatório usar branco.
Sobre os ombros, o quíton era presa com broches ou agulhas de nome fíbula e na cintura por um cordão ou cinto. Nos adultos eram longas até os tornozelos, já nos jovens até os joelhos.
 
Com relação aos trajes complementares, usavam os mantos. Os masculinos eram dois, a clâmide, mais curta, feita de lã grossa e considerada a capa militar; o outro eram o himation, uma roupa civil, mais ampla e especialmente usado em dias mais frios. Já o manto feminino era chamado de peplo e era bem mais longo, chegando até os pés.
A vestimenta feminina era ligeiramente diferente com o uso dos cordões e correntes na altura da cintura como decoração e eram bastante decotadas. Usavam também uma roupa complementar, o PHAROS( vestido jônico) e como proteção contra o frio o HIMATION cobrindo o corpo todo. Os filósofos gregos usavam-no como traje básico.
Os mais velhos usavam barbas, e os mais jovens mantinham o rosto limpo. As mulheres geralmente usavam cabelos cacheados, adornados por coroas ou diademas. Diferentes formas de amarrar os cintos e drapear os tecidos deram origem a um número considerável de estilos. O corpo era coberto sem ser apertado.
Os ornamentos eram colocados ou pintados diretamente nas roupas. As jóias também faziam parte dos adornos das gregas, sendo braceletes, colares, brincos, anéis, alfinetes, broches e até mesmo diademas complementos para suas roupas, porém o uso era restrito apenas às famílias mais ricas.
O hábito de andar descalço entre os gregos não era demérito algum, mesmo quando do apogeu de sua civilização e, dentro de casa, sempre andavam dessa forma. Quando usavam calçados no dia a dia, eram sandálias presas por tiras amarradas aos pés e às pernas.
Homens e mulheres usavam perfumes feitos a base de flores e ervas. A vaidade e a beleza faziam parte do cotidiano de ambos os sexos. Diferentes penteados, com destaque para os cabelos encaracolados e arranjos feitos com ceras e loções. Mulheres mantinham os cabelos longos adornados com presilhas de metal ou fitas coloridas. Os homens mantinham cortes curtos e cultivavam a barbas e o bigodes se não fossem do exército.
Com o passar do tempo, a indumentária grega foi se tornando luxuosa e ostensiva chegando mesmo a excessos, o que não foi característica de suas roupas no período de prosperidade maior de sua cultura.
De fato na Grécia, é mito na história que só se usavam cores brancas ou naturais. Eles usavam sim muitas cores, estampas e muito adorno.

Influência para as passarelas
 
E então, o que acharam de conhecer um pouco mais da indumentária da Creta e Grécia?

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