História da indumentária: Era Eduardiana

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Escrito por Alessandra Poleti
      
Olá pessoas, hoje entramos nos 1900 e poucos da história da indumentária. É fato e comprovado que tanto a França como a Inglaterra foram e ainda são os lançadores de tendências para o mundo.
Virada do século, grandes descobertas científicas como avião, filmes de cinema e Picasso, a influência da moda era grande e rigidamente seguida. A roupa definia posição, classe e idade de uma pessoa .
A era eduardiana ou período eduardiano corresponde ao período de 1901 a 1910 no Reino Unido, durante o reinado do rei Eduardo VII.

 As quatros gerações
A morte da rainha Victoria do Reino Unido em janeiro de 1901 e a sucessão de seu filho Eduardo, marcaram o fim da era vitoriana. Enquanto Victória tinha evitado a sociedade, Eduardo era o líder de uma elite elegante que definia um estilo influenciado pela arte e moda da Europa continental — talvez por causa da predileção do rei em viajar. A época foi marcada por mudanças significativas na política, como setores da sociedade que tinham sido em grande parte excluídos do poder empunhando no passado, tais como trabalhadores e mulheres comuns, tornou-se cada vez mais politizado.
O período eduardiano era também conhecido por Belle Époque. Apesar de sua curta preeminência, é caracterizado por seu próprio e único estilo arquitetural, bem como por seus estilos de vida e de moda. A Art Nouveau, em particular, teve uma forte influência. Nos Estados Unidos, a era eduardiana foi seguida pelo período de Arts & crafts em desígnio e arte que correntemente passou pelo Reino Unido.
A Belle Époque e a era Eduardiana eram bastantes semelhantes, porém uma acontecia na Inglaterra e a outra na França, sendo a Belle Époque considerada seu início, em torno de 1890 e a era eduardiana a partir de 1901, quando o rei toma posse da coroa inglesa. A Belle époque foi a época de roupas de luxo para um grupo seletivo, sendo estes os mais ricos e privilegiados de nascimento.


A moda do período Eduardiano é lembrado pela beleza das roupas, suas plumas, bordados, grandes chapéus, é a época do luxo, extravagância e ostentação.
O Rei Eduardo ficou conhecido por seus excessos, amantes e luxúria, extremo oposto da sua mãe, a Rainha Victória. Era fascinado por mulheres mais velhas e de grandes bustos, sendo então que a moda dos corsets mudam de estrutura mais uma vez na história para deixar o busto da forma que o Rei admirava, assim os espartilhos forçavam o corpo para a frente e jogava o quadril para trás, formando assim uma silhueta que ficou famosa na época e chamada de forma S, considerada mais saudável que a ampulheta, a forma feminina anterior.


O vestuário masculino não mudou muito, terno, cartola, colarinhos engomados, sobrecasaca e calças curtas e estreitas, sendo nos jovens o uso da bainha virada e com vincos na frente com a invenção da máquina de prensar. O uso de barbas eram pontudas e bigodes eram bem grandes. 


No final da era Vitoriana as saias já não são enormes, tornando-se mais retos na frente e mais volumosos atrás. Em 1901 Eduardo VII se torna rei e já estamos na Belle Époque (1890 – 1914).

 Lily Elsie
A mais convencional mulher eduardiana e a do final do período vitoriano, já não era tão infantil e frágil. Época marcada com a preocupação com as mulheres como o direito a votar e a mulher começar a trabalhar.

Vestidos de Chá - Museu Met
Havia vestidos para chá que eram peças bem soltas para usar em casa. Saias lisas em formato de sino e ainda uma exuberância em rendas, pérolas, babados e plissados.
Nos pés das damas eduardianas, as botas eram a opção mais corriqueira, usadas de modo que escondesse as canelas. Em casa ou nos bailes, as damas usavam sapatos de salto baixo. O uso das meias era fundamental para esconder o eventual aparecimento das pernas. 


Mantendo seu prestígio como criadora de moda, a França também influenciou o mundo na virada do século, a Belle Époque com toda a sua efervescência foi considerada uma era de ouro da beleza e inovação. Em meados da primeira década de 1900, Paul Poiret, revoluciona a moda deslocando a cintura para baixo dos seios, desapertando a silhueta formal e eliminando o espartilho, trazendo assim novo conceito de moda pautado no conforto e no luxo dos tecidos leves.


Em 1908 a moda começou a tomar novos rumos, se tornando um pouco mais “simples” e não tão exagerada na silhueta. Os espartilhos em modelo "S" foram perdendo a vez para corsets que chegavam quase a altura dos joelhos, estreitando os quadris para dar uma sensação de silhueta mais alongada. O vestido império e as roupas de corte mais masculino começaram a fazer parte do guarda roupa da mulher que agora entrava no mercado de trabalho e aparecia em público socialmente.
Outra inovação no vestuário feminino foi o aparecimento do tailleur, composto pela saia justa e longa com o casaco do mesmo tecido com corte masculino.

 
Vestido listrado de 1912 e ao lado imagem do figurino de Rose (Kate Winslet) em Titanic. 


Até o ano de 1914, a moda não sofreu grandes alterações, mas com a I Guerra Mundial tudo isso mudou. As mulheres se desfizeram dos espartilhos e das roupas volumosas e passaram a usar saias tão justas que, de certa forma, lhes dificultavam os movimentos. Foi por essa altura que surgiu o soutien, cuja criadora foi Mary Phelps.
A grande conquista feminina com relação à moda na era eduardiana, foi o comprimento das saias, que subiu até as canelas. Os sapatos eram todos descobertos, e se podia ver as meias de algodão pretas, marrons ou cinzas. Usavam-se casacos amarrados na cintura que cobriam parte das saias, aumentando os quadris.
Muitas vezes a era eduardiana é estendido para além da morte de Eduardo em 1910, para incluir os anos até o naufrágio do Titanic, em 1912, o início da Primeira Guerra Mundial em 1914, o fim das hostilidades com a Alemanha em 1918, ou a assinatura do Tratado de Versalhes, em 1919.


Nos dias de hoje, inspira?

A vogue China fez um editorial com inspiração na moda da virada do século passado, a Belle Époque por Karl Lagerfeld.


Vogue Italia também fez referência a época. “Déborah Fraçois” por Ellen Von Unwerth.


Editorial “Edwardian Lady.

E a releitura de um traje de montaria eduardiano.

E então, o que acharam de conhecer um pouco mais da indumentária da Era Eduardiana?

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Beijos e até terça,

@alepoleti

Fontes de pesquisas






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