História da indumentária – Século XX: A década de 10

09:30:00

Escrito por: Gabriella Rodrigues

Olá pessoal, tudo bem com vocês? Chegamos ao século XX e os nossos posts de história agora irão acompanhar década por década desse século marcado por mudanças e inovações na moda. E hoje, vamos ver um pouco sobre a década de 10 (1910 à 1919), um período que veio depois da era eduardiana, o qual na verdade pode até se misturar, e em que grandes acontecimentos influenciaram o modo de se vestir.


Paul Poiret aboliu os espartilhos, e influenciado pela orientalidade, introduziu uma nova silhueta para as mulheres. Alguns vestidos eram tão justos na parte de baixo que havia uma dificuldade ao caminhar. Aquela imagem de uma mulher com cintura fina e cheia de curvas, predominante antes da Primeira Guerra, na Era Eduardiana, não existia mais.


“Durante a Primeira Guerra, as mulheres tiveram de assumir trabalhos que antes eram exclusivamente desempenhados por homens, o que impulsionou de certa forma uma nova postura da mulher. E ainda, o Jazz, o Charleston e as novas descobertas cientificas (que encorajavam a pratica de esportes e passeios ao ar livre) contribuíram para, de repente, a moda dar um pulo: subitamente, a silhueta mudou, o cabelo mudou, a altura das saias mudou, os costumes mudaram. Foi um período de retumbante liberdade, e para as mulheres, uma redescoberta: a silhueta passou a ser tubular, e a cintura, os quadris e os seios não eram mais evidenciados, ao contrário, eram utilizadas cintas e malhas que “igualavam” a silhueta (POLLINI, 2007).”  Essa citação do autor Pollini traduz bem o espírito de mudança da época. Os trajes mais sofisticados passaram a ser usados somente a noite, e para o dia, algo mais simples e sem exageros.


A moda masculina pouco sofre alterações, levando sempre em consideração práticas esportivas cada vez mais comuns, e uma imagem séria e respeitosa a ser passada.


Uma das grandes estilistas do século XX começava a fazer a sua história nesse período. No início da década de 10, Coco Chanel vendia seus famosos e impecáveis chapeus em Paris, onde começou a chamar atenção com seus trajes simplistas. Ao se dedicar a costura, logo ficou conhecida por seus cortes que encantaram as mulheres e antes da primeira Guerra Mundial, em 1913, já tinha duas boutiques na França.


Jérsei, cardigã, sapatos sem salto, jaquetas, saias plissadas, tailleurs, bolsas com alça de corrente dourada: muitas foram as inovações para o guarda-roupa feminino trazidas por ela, e isso era apenas uma iniciação para a mulher dos anos seguintes, que se tornaria ainda mais prática, com saias mais curtas, cabelos mais curtos, e dona de uma elegância sem exageros.


E assim começaram os anos 20, período que vocês verão com mais detalhes no próximo post de História da Moda.

Por enquanto, que tal assistir esse vídeo que mostra a evolução de 100 anos de moda (1915 a 2015) e já dar uma olhada nas silhuetas marcantes dos próximos posts que teremos por aqui?


Espero que tenham gostado! Beijão e até semana que vem!


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