História da Indumentária - Século XX: A década de 40
09:30:00
Escrito por: Gabriella Rodrigues
Olá pessoal! Vamos dar
continuidade aos nossos posts de história, agora conhecendo um pouco de uma
década com dois extremos: os anos 40. Dois extremos, porque foi um período
assolado pela Segunda Guerra Mundial, e em seguida, quando toda a recessão
causada pela guerra passou, pudemos observar o nascimento de uma Era de Ouro,
que desembocou nos anos 50.
A alta costura parisiense que
teve uma ascensão nos anos 20 e 30, vai sofrer algumas restrições com escassez
de tecido e dificuldades em todas as outras indústrias associadas. É uma época
marcada por reaproveitamento de tecidos e reforma das roupas em casa.
As cores ficaram mais sóbrias,
e as variações estavam entre verde escuro, cinza, bege, e tons mais terrosos.
Os poucos recursos deixavam as mulheres parecerem elegantes sem muitas
extravagâncias. Modelagens sequinhas e econômicas são a silhueta marcante
influenciada pelo militarismo. Comprimento midi para as saias de pregas, ou
retas, e os tailleurs com ombros bem marcados, botões, bolsos e cintos largos
marcando a cintura. Também era popular um modelo de vestido que imitava uma
saia com um casaco. Assim estava a mulher da época da segunda guerra.
As meias calças acabaram
saindo do mercado pela falta de náilon e seda. Em lugar delas, as mulheres
adotaram as meias soquetes, ou usavam as pernas de fora mesmo. Um costume
curioso era marcar a perna com uma linha pintada na parte de trás, imitando as
costuras.
Com a guerra, Paris e Londres
ficaram isolados, e os americanos se sentiram mais livres para criar sua
própria moda, que sempre havia sido influenciada por esses dois polos. Então lá
nasceu o tipo de moda que consumimos hoje, o chamado ready-to-wear (pronto para usar), que consiste na fabricação de
roupas em grande escala.
Em 1946, após o fim da guerra,
o primeiro biquíni foi lançado por Louis Reard. O cinema da época ajudou a
popularizar a peça como instrumento de sedução, e as mulheres, que não estavam
preparadas para usar peças de vestuário tão reduzidas, foram se acostumando aos
poucos. Um fato bastante curioso, é que o biquíni recebeu esse nome porque
quando foi lançado, os EUA estavam fazendo testes nucleares no Pacífico Sul, no
Atol de Bikini. Então foi associado que as mulheres de biquíni tinham o efeito
de uma bomba atômica, assim como as testadas no Atol de Bikini.
Desde a crise de 1929, a moda
passava por instabilidades por questões financeiras, e depois com a guerra. Em
períodos pós esse tipo de acontecimento, a sociedade apresenta tendências para
o luxo, como nostalgias de períodos seguros. Não foi diferente com o pós-segunda
guerra.
As saias do New Look Dior eram
bastante amplas, e deveriam ser 40cm acima do chão. Ele voltou a valorizar as
curvas femininas em vestidos luxuosos que levavam até 25 metros de tecido. Os
bons tempos definitivamente tinham voltado, e é essa silhueta que vai marcar
toda a década seguinte, os anos 50.
A moda masculina também tem
seu momento nostálgico e as roupas voltam a parecer com o período eduardiano.
Os homens estão livres das fardas, e usam paletós compridos e justos abotoados
até o pescoço, calças apertadas e chapéu coco com aba virada.
Na década de 40 uma brasileira
fez uma contribuição importantíssima para a moda. Carmen Miranda criou as
sandálias plataformas, pedindo para um sapateiro fazer um sapato com 10cm de
salto e sola. Ela era cantora, dançarina, atriz e estilista e fez muito sucesso
em Hollywood com seu Mirandalook.
É isso pessoal, espero que
tenham gostado! Você já me acompanha nas minhas redes sociais? Você pode me
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Esse é o meu último post aqui
no blog esse ano, então desejo pra vocês um 2017 de paz, amor, prosperidade,
muitas realizações, e claro, cheio de estilo! <3
Beijão,
e nos vemos ano que vem!!!
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